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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Corrida Perigosa



A baixa umidade e a inversão térmica típicas do inverno, que dificultam a dispersão dos poluentes, são um problema e tanto para quem pratica atividades ao ar livre, sobretudo em áreas de tráfego intenso. Durante os exercícios, a quantidade de ar inalada é até vinte vezes maior que em repouso, o aumento no volume de gases nocivos aspirados nesta época do ano pode causar a contração dos brônquios, o que diminui a capacidade respiratória. Segundo o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Incor, meia hora de atividades em regiões com grande concentração de monóxido de carbono, gás tóxico emitido pelos escapamentos dos carros, equivale a fumar dez cigarros. “Alguém com problema cardiovascular está arriscado a sofrer uma arritmia cardíaca e até morte súbita.”
Os poluentes também comprometem o rendimento. Foi o que mostrou uma pesquisa com 25 bombeiros saudáveis, não fumantes, que praticavam atividades regularmente, em um teste físico aplicado nos municípios de Bertioga e Cubatão. Verificou-se uma freqüência cardíaca mais elevada e um aumento maior da pressão arterial após a prova realizada em Cubatão, cidade com altos níveis de contaminação do ar, em comparação com o registrado em Bertioga. Para a analista financeira Meira Mombeli, que costuma correr no canteiro central de uma avenida da Zona Leste. O ar fica um pouco melhor pela manhã, quando há menos carros na via. “Mas, mesmo que eu tenha de me exercitar no fim da tarde, acho mais interessante do que ir para a academia”, conta.
Em áreas verdes, a situação não é animadora. Um estudo da engenheira florestal Ana Paula Garcia Martins, doutoranda do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Universidade de São Paulo, mostrou que cascas de árvores situadas nas bordas dos parques Ibirapuera, Aclimação, Luz, Previdência e Trianon apresentam três vezes mais concentração de ferro, zinco, enxofre e cobre que as da vegetação localizada no centro dos mesmos lugares. “Como as pistas de corrida normalmente ficam próximas ás áreas externas, as pessoas acabam respirando ar contaminado como quem está do lado de fora”, diz Ana Paula. É importante frisar que ninguém precisa deixar de fazer exercícios em ruas e parques por causas desses problemas. “A 150 metros de grandes avenidas, o ar já apresenta uma melhora considerável”, afirma o médico Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP.

Fonte: (Simone Costa, Veja São Paulo, 01.07.2009. Adaptado)

Enviado pela Dra. Fernanda de Oliveira Leite (professora de pilates da Vittalisa);

Um comentário:

  1. Ontem , 27/09/2009 percebi esse efeito da baixa umidade. estava muito quente e o ar estava seco...corri 40 minutos no perímetro da estrada Mogi bertioga e senti dificuldade ao respirar.
    Fica a dica para quem gosta de correr ao ar livre, tomar cuidado em dias secos de baixa umidade!

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